
Entre os anos de 2005 e 2008, Caco era referência no atendimento e no amparo às famílias mais carentes do município 5m4r2
O Caco (Centro de Ação Comunitária) de Paulínia, uma Organização Não Governamental sem fins econômicos, sempre foi referência quando o assunto é amparo as famílias mais necessitadas da cidade. Fundado em 15 de julho de 1976, a entidade executa programas sociais voltados a diversos segmentos da sociedade como família, portadores de deficiência, crianças, adolescentes e desempregados. Mas o Caco ganhou destaque a nível estadual partir de 2005, quando a então presidente Maria Regina Mattos e Moura assumiu para ela a responsabilidade de realmente mudar a vida das famílias necessitadas de Paulínia. Já em seu primeiro ano à frente do Caco, em 2005, a então presidente conseguiu mais que triplicar o número de procedimentos realizados na entidade, o que fez com que fosse necessário aumentar o número de funcionários e ampliar o horário de funcionamento. “Aumentamos nossa frente de trabalho, consequentemente tivemos que aumentar o número de trabalhadores do Caco, o que contribuiu muito para o fim das longas filas no atendimento”, comentou. Parcerias com empresas para cursos de capacitação profissional, patrocinadores de novos projetos, investimentos de grandes empresas e conscientização da população foram apenas o início de uma jornada de trabalho que durou quatro anos de sucesso. A seguir, o Jornal Tribuna destacou alguns projetos que existiam no Caco entre os anos de 2005 e 2008 e que fizeram com que a vida das famílias carentes do município mudasse para melhor.
Terceira Idade: O grupo da Terceira Idade de Paulínia sempre foi referência para outras cidades. Isso, porque o investimento e atenção que esse público merece foi ampliado entre os anos de 2005 e 2008 pelo Caco. “Eles sempre serão prioridade, porque nós sabemos do aumento da expectativa de vida e nosso objetivo era que essa expectativa caminhasse junto com a qualidade de vida dessas pessoas”, explicou Regina. Uma das principais mudanças ocorridas em 2005 para esse público foi no esporte: as atividades esportivas viraram competições e atendeu os anseios dos próprios idosos, que sentiam a vontade e a necessidade de usar o esporte não só como recreação, mas também como forma de se sentirem vivos. E os números mostram que eles tinham razão: naquele ano, o atletismo e a natação da Terceira Idade ficaram em primeiro lugar nas competições e aram de 24º para 7º no ranking geral dos Jogos Regionais.
Cocoon: em maio de 2008 o Caco inaugurou a EIC (Escola de Informática para a Cidadania) Cocoon, voltada para a inclusão digital dos idosos de Paulínia. O nome foi inspirado em um filme que conta a história de um grupo de idosos moradores de um asilo.
Festas: a descontração e o valor a autoestima também eram prioridades da presidente Regina. Todo ano, a Semana do Idoso, Bailes de Carnaval, Festa Junina e Miss e Mister Terceira Idade, entre outros eventos, faziam parte do calendário municipal.
PPT: O ‘Pronto Para o Trabalho’ (PPT) é um projeto desenvolvido pelo Caco que tem como objetivo principal a colocação de pessoas no mercado de trabalho, além de obter em seus cadastros uma listagem com vagas abertas em empresas de Paulínia e região e oferecer cursos de capacitação profissional. Só em seu primeiro ano de funcionamento na sede própria, o PPT empregou 713 pessoas, sendo 43 portadoras de deficiência. O número foi aumentando ano a ano, e até o final de 2008, mais de três mil pessoas já haviam conseguido emprego através do programa.

Caco Shop: O Caco Shop é outro programa desenvolvido pelo Caco que desde sua inauguração, em 2005, sempre obteve excelentes resultados. Criado a partir da realização da Campanha do Agasalho e da arrecadação de brinquedos daquele ano, o Caco Shop logo de início beneficiou mais de 15 mil famílias que puderam escolher seus produtos, entre roupas, calçados e brinquedos: todos lavados, ados e higienizados. Através do programa também ou a receber outros materiais para doação. “Tinham alguns pedidos que o Caco não podia atender, então, pelo Caco Shop, as pessoas doavam móveis, como cama, guarda-roupas, geladeira e artigos como colchões, material de construção, entre outros, e a equipe de triagem agilizava a doação às famílias que estavam precisando”, disse Regina.
Padaria Artesanal: A Padaria Artesanal do Caco, criada em 2006, era um projeto em parceria com o Fundo de Solidariedade do Estado de São Paulo. Com sede no João Aranha, a Padaria tinha o objetivo de oferecer cursos de confeitaria, panificação e empreendedorismo. Os funcionários que trabalhavam como monitores foram selecionados pelo PPT e treinados com cursos no Senai. Tudo o que era fabricado no local, era vendido em barracas instaladas em locais estratégicos da cidade, gerando renda para todos.
Campanha do Agasalho: As tradicionais Campanhas do Agasalho realizadas pelo Caco em Paulínia nunca deixaram de ganhar destaque nos anos em que Regina esteve à frente da entidade. Empenhada em superar o número de arrecadação de anos anteriores, a cada edição da campanha, ela batia o próprio recorde até chegar a quase 50 mil peças arrecadadas. “Foi lindo ver a população ajudando, uma verdadeira maratona e vimos que realmente estavam se conscientizando da importância de doar. Foi uma luta histórica, que ficará para sempre em minha memória”.

Cesta de Natal: Além de receber a cesta de alimentos do mês, os usuários do Caco de Paulínia ainda levavam para casa um kit com itens natalinos como complemento da cesta habitual. Uma preocupação a mais às famílias necessitadas que não tinham condições de comprar artigos para a ceia de natal. “São detalhes que fazem a diferença na vida das pessoas. Os inúmeros projetos e programas efetivos, além de comprovarem a preocupação da entidade e da istração pública municipal com as pessoas diante de dificuldades sociais, oferecem oportunidades que vão além do assistencialismo e buscam, principalmente, proporcionar qualidade de vida e dignidade às pessoas”, ressaltou.
Assistência para todos: Gestantes, idosos e crianças com problemas nutricionais também aram a ser prioridade para a então presidente. Sob seu comando, o Caco aumentou o número de itens de enxovais de bebê de 22 para 38, dobrou a quantidade de complementos que as crianças do Programa de Complementação Alimentar recebiam de sete para 14, além de dar total atenção para cidadãos com problemas auditivos e aos que necessitam de próteses dentárias. Através de pedidos da Secretaria de Saúde e do Centro Odontológico de Paulínia, a entidade comprava os aparelhos e doava para os que mais necessitavam. Os programas do Governo Estadual, como o ‘Viva Leite’ e ‘Renda Cidadã’, além de ajuda jurídica, distribuição de fraldas geriátricas e infantil e óculos também beneficiavam a população.